29 agosto 2008

As intermitências da morte.

“Coração” - Maria Thereza Noronha

Morreu de faca no peito
quanto o coração só lhe falava
de amor.
A faca se abriu em chaga
vermelha e meio com jeito
de flor.

Morreu de febre no leito
quando o coração já lhe falhava
no peito.
Deixou órfãos e viúva.
Partiu num dia de chuva
sem palavras.

Morreu de foice no eito
enquanto o coração lhe sussurrava:
— que proveito?
Deu por perdida a batalha:
a sua, não o que restava
a ser feito.

Morreu de fome e direito
negado, quando o coração
só lhe dizia CHEGA! E o esqueleto
já se entrevia antes de enterrado.
Morreu de omissão:
assassinado.

Morreu de fúria e despeito
quando o coração se lhe inchava no peito.
E a epígrafe se destacava:
“Não será de ninguém
o que é meu.
De direito!”


21 agosto 2008

Faróis X Ondas, simplesmente incrível...

Sem dúvidas, a força da natureza constrói espetáculos incríveis e assustadores.
É assim, que eu desejo ser, como um Farol resistente as mais fortes ondas, e servir de guia ou ponto de referência para outros.

15 agosto 2008

Autumn - bella morte

As Silent as the rain fall
He whispers in the wind
Caressing softly weary words, his kiss
This your Autumn come with eyes
Pale as the night
To enfold the storm

To dance
Within the frost
To carry dreams of life away to dust
To call
Your name out loud
To carry fear away cast down the shroud
To die

When summer fades to silence
When winter's still a dream
And solemn sleep to you is blind again
And the Autumn comes with amber eyes
Pale as the night
To enthrall your soul

To shatter doubt

And when the years have passed away
When memories have gone
And darkness is your day
Your dreams of Autumn carry you to days of youth and life

And sorrow falls before the drifts of faded scarlet skies
When Autumn called your name
Only the silence calls your name